Sobre a COP30
“Deus viu que tudo era muito bom.” (Gn. 1, 31)
A conexão entre a COP-30 e a Campanha da Fraternidade 2025, que tem como tema central “Fraternidade e Ecologia Integral”, reafirma a urgência do chamado à pensarmos a educação numa perspectiva integral e que esteja à serviço de uma ecologia integral e da preservação da vida em todas as suas manifestações.
Em consonância com as aspirações da Igreja Católica, indicações da Laudato Si, o carisma do Pe. Gailhac e com as propostas sociais e educacionais da UNESCO para o milênio, queremos, enquanto Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria - IRSCM, responder a esse chamado.
Mas o que é a COP e o que essa conferência tem a nos dizer enquanto Instituição?
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) criou a Conferência das Partes (COP) como órgão responsável por tomar as decisões necessárias para implementar os compromissos (globais) assumidos pelos países no combate à mudança do clima. Atualmente, 198 países participam da UNFCCC, o que faz da COP um dos maiores órgãos multilaterais do sistema das Nações Unidas (ONU) que visa a pensar e implementar medidas para amenizar os impactos das variações climáticas em todo planeta.
Assim, a Conferência das Partes (COP) é o maior evento global para discussão e realização de negociações entre os países signatários sobre as mudanças climáticas. O encontro é realizado anualmente e a presidência se alterna entre as cinco regiões do planeta reconhecidas pela ONU (África – Américas – Ásia – Europa – Oceania).
Trata-se de um conjunto de iniciativas voluntárias de ação climática que buscam mobilizar diferentes atores, incluindo governos nacionais e subnacionais, setores privados e organizações da sociedade civil. O objetivo é mobilizar parcerias voltadas à implementação de soluções concretas no combate à mudança do clima.
Em 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Partes (COP30), que acontecerá em Belém, PA. A escolhida, capital do estado do Pará, é uma cidade portuária e porta de entrada para a região do Baixo Amazonas do Brasil, o que oferecerá ao mundo uma plataforma única para debater soluções sobre as mudanças do clima com os pés fincados no coração da nossa Amazônia.
O Brasil, como país anfitrião, está comprometido em fortalecer o multilateralismo e a busca por consensos com relação às metas globais para a redução da emissão de gases que promovem o aquecimento do planeta Terra. E nós, enquanto religiosas e colaboradores/colaboradoras do Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria, atentos/atentas e fiéis à nossa missão e aos princípios de nosso projeto educacional e social, queremos firmar um compromisso com esse debate, participando e acompanhando as reflexões, discussões, resoluções e indicações.
Nesse espírito, queremos convidar todas e todos a esse momento de fecunda reflexão! E mais, queremos nos unir a COP-30 e conclamar às nossas comunidades (religiosas e colaboradores) a vivenciar esse momento com os “pés no chão de nossa instituição”, participando da “COP-Sagrado! “
A proposta da COP-Sagrado é dar visibilidade aos projetos já desenvolvidos em nossas comunidades no combate aos impactos das questões ambientais (organização de uma curadoria ambiental e de sustentabilidade), fortalecer nossos atores (comunidade educacional e social) que no seu dia-a-dia pautam essa necessária temática (visibilizar as ações pedagógicas e sociais), definir melhores estratégias de incidência em nossas práticas cotidianas (projeto educacional e socioassistencial), fomentar momentos de formação sobre o tema e, também, organizar a logística relacionada à participação de nossa Instituição na COP30. Em breve, divulgaremos o cronograma de atividades e formações.
Assim, esse convite à COP-30 e à “COP-Sagrado”, para além de partilhar experiências, formações e ações por cada uma de nossas comunidades, escolas e Projetos Vida quer, em sintonia com a missão institucional, reafirmar nosso compromisso com a vida, dando visibilidade e fortalecendo o protagonismo de indivíduos e grupos socioeconomicamente vulneráveis, vítimas diretas e mais afetadas pelas mudanças climáticas extremas.
Respeitosamente,
GT “COP 30”
13 de maio 2025